16 de janeiro de 2011

Mudança

A minha mudança foi feita aos poucos mesmo, ou melhor, está sendo feita. Quando meu marido vinha me ver, ele levava um tanto de roupa minha e objetos pessoais; quando eu ia para Dubai, levava mais um bocado para lá.

No final deste mês, terminarei com essa mudança de formiguinha. É uma situação um pouco complicada essa vida de metade em um continente e metade em outro. Eu precisava continuar no Brasil até janeiro deste ano por motivos pessoais e assim está sendo.

É uma sessão de desapego total ter que decidir o que realmente precisa levar para outro país, pois isso não é uma tarefa muito fácil - acredito que mais ainda para as mulheres.

Eu fico me questionando se vou conseguir viver sem determinadas coisas. Algumas, no fundo, você sabe que não serão úteis, mas há o lado emocional que aquele objeto e roupa possui. Isso é a parte difícil de deixar para trás: o valor sentimental, a história que tudo traz consigo.

Ir para Dubai ainda tem mais um "porém": as leis que, apesar de serem flexíveis se comparadas com os outros Emirados, limitam o uso de determinadas roupas.  Ainda tem que avaliar por esse lado: será que essa blusa é muito decotada para eles?, será que dá para colocar um top por debaixo para poder usá-la pela cidade? será que a saia é muito curta? será? será? rs

Preparar o coração também é um dos pontos principais da lista! Com os dias passando tão rápido, com tanta coisa para resolver, parece que dá pane na cabeça e você tem que parar e respirar fundo. Só que surge um ecooo na mente: putz, minha família!!!

Todo dia é dia de ter uma conversa sozinha para tentar fortalecer o emocional e evitar sofrer por antecedência. Sei que o dia da despedida vai chegar e que quando eu estiver definitivamente em Dubai a ficha vai cair. Sentirei saudades absurdas da minha família!

Você deve estar se perguntando: mas ela não tem amigos? Tenho sim! Não sou o ser mais pop do mundo com milhões de "amigos" no facebook ou no orkut - até porque nunca me importei com isso na vida e não vai ser agora -, mas os tenho. Já me despedi de 90% deles, mas tenho aguentado para não chorar nesses momentos. Com eles, consigo lidar melhor porque penso que será mais fácil a comunicação pela internet e que quando eu vier ao Brasil, marcarei encontros!

Recebi muito carinho deles nas reuniões que fizemos e isso me dá um conforto de que eles estarão por perto mesmo eu estando tão longe. Colocarei cada palavra, gesto, abraço, beijo, lembrancinha na minha mala!

É isso: até o próximo post!

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